domingo, 14 de novembro de 2010

AMOR ADORMECIDO


         “AMOR ADORMECIDO”

(acalanto de Romeu)



No limiar da saudade
te vejo despojada da vida
sofrendo gota por gota
nosso amor adormecido.

Teus olhos já não bailam mais
estão calados, quietos e feridos
como pedras duras e cruas
sem o brilho que os domina.

Sorvi teus lábios calados
pelo veneno mortal
que transformou minha amada
numa estátua de cristal.

Enterro o estilete de prata
como prova de amor eterno
vou te encontrar bem já longe
onde a maldade apagada
jamais tocará nosso amor
que se eternizará para sempre.






Do livro “AMOR, SONHO E POESIA”


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